sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dia de chuva



Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.
Charles Chaplin



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lições

Alemanha - Inicio do século 20

Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:

“Deus criou tudo o que existe?"

Um aluno respondeu com grande certeza:

-Sim, Ele criou!

-Deus criou tudo?

Perguntou novamente o professor.

-Sim senhor, respondeu o jovem.


O professor indagou:

-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.


Outro estudante levantou a mão e disse:

-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:

-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?

Com uma certa imponência rapaz respondeu:

-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.

O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!

O estudante respondeu:

-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!

Continuou:

-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:

-Senhor, o mal existe?

Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:

-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!

Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:

-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça

permanecendo calado… Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?

E ele respondeu:

ALBERT EINSTEIN, senhor!

sábado, 10 de julho de 2010

Erros

As vezes me arrependo de tantas coisas que fiz. Penso em como tudo seria totalmente diferente hoje se tivesse decidido pela outra opção ou ido pelo outro caminho ou ter escolhido o que eu achava que não era tão importante. Erramos porque não temos a capacidade de discernir o tamanho da consequência, o que vem após, o tropeço que damos, o tamanho da queda. Calculamos tudo errado ou não calculamos exatamente nada.
"ERRAR É HUMANO", queria que fosse o contrário, queria que fosse ACERTAR É HUMANO, ai sim, seria tudo mais fácil, mais simples, talvez até mais racional. Mas acho que os humanos não são tão racionais assim, se fossem, não errariam com tanta frequência, com tanta intensidade, com tanta facilidade. Nós temos tanta capacidade de pensar antes de agir que acabamos nos acostumando em agir antes de pensar.
Mas talvez sem os erros não aprenderíamos tantas coisas, em alguns momentos precisamos errar o mesmo erro várias vezes para podermos aprender alguma coisa ou em outras ocasiões erramos uma vez e de cara já aprendemos uma grande lição. Talvez não nos queimaríamos tanto com a tampa da panela se lembrassemos de pegar um  pano antes de abri-la ou não derramaríamos a comida do prato se tivessemos ouvido nossa mãe falar pra comer na mesa...
Mas a vida sem erros seria uma vida sem lições, sem aprendizagens. Seria doce demais e o doce as vezes enjoa. Seria sem graça, porque quem nunca riu com os seus erros que atire a primeira pedra. E se não tivessemos tomado a tal decisão, hoje estaríamos pensando como tudo seria ou estavamos até frustrados. Então posso concluir que "alguns" erros são saudáveis, desde quando os admitimos e tomamos a decisão de consertá-los.
Talvez não seja tarde demais pra consertar os nossos erros, talvez só estamos pensando demais, concluindo demais ou até parados demais.
Afinal só somos apenas simples humanos.
Mary