sexta-feira, 14 de maio de 2010

Amor

Amor, será um sentimento? As vezes penso que não, pois é um impulso incontrolável de si mesmo, talvez seja um ser vivo, com vontade própria que se apodera de nosso corpo para ter seu existir involuntário, sim, pois pela nossa vontade não é. Se apodera de nossos membros, causando sensações estranhas, tal como frio na barriga, mãos suadas, sentimos o mesmo perfume, rimos de besteiras ditas e sem percebermos ele nos toma o coração, como se não bastasse o resto.
Sinceramente, nunca pensei que o amor fosse tão indescrível e tão incoerente.
Indescritível, pois as palavras não se fazem significantes, não existe um som, um objeto ou uma forma que dê algum sentido ao amor.
Incoerente, pois uma hora não se quer ver e outra tem um impulso incontrolável que te faz como um ímã no corpo, incoerente pois uma hora se briga e outra se beija.
Alguns sintomas do amar...é conversar no silêncio do olhar, é andar de mãos dadas, é desejar cada minuto, é tomar um sorvete na esquina, é sentir o mesmo perfume da sua lembrança, é beijar como uma cena de filme...
Em pouco tempo o amor se deu dentro de mim uma metamorfose, pois da dependência que eu tinha, se fez uma grande independência, que só me fez dependente do tempo, mas nem tanto, pois não baseio o meu presente nem ao menos o meu futuro que é incerto tanto quanto.
Mas tá aqui guardado dentro de mim, como um cristal frágil e lindo e como um diamante forte e brilhante.
Mary